quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Sinestia

Tantos caminhos paralelos
Acabaram sendo certos
Mas como é incerto o fato
A surpresa que ele traz
Sentimento inexato
Ausência da não presença
Mundo inesperado
Almas conexas
Banzo aumentado
Será o acaso?
E a falta que eu não tenho
É a vontade de te ter
E conseguir ver o visível
Sinto teu olhar
Navegar no teu paladar
E cheirar tua energia
É tranquilidade do mar
É o fogo da sinestesia!

Re-cife

Ah Recife!
Teus morros sorrindo
e teu mar chorando
Teu povo clama
os hômi enriquece
a natureza padece
E os teu rio se convalesce
da cidadania que apodrece...

Idílio

Idílio é o que passa
a minha pele
longe da tua
Ela, solitária
anseia pelo teu órgão quente
Cobrindo-a inteira
feito rosas silvestres
ainda úmidas...
Que desabrocham
o universo

Portuguesando

Todas as poesias tem nome
Até aquelas que não tem
Porque em prosa
ou em verso
As palavras proseam,
versam
Ocultam
Mas não é uma procura culta
Basta ligar os sentidos
que se aparece
o que (não) foi dito
Indefinido
nada mais é que o sujeito
que geralmente, enquanto objeto
dificilmente é direto
Indireto sempre é o sentimento!